26/12/2010

Glenn Hughes Brazil tour 2010 - Sao Paulo

Glenn Hughes Brazil tour 2010 - eu e Pauleira no fundo trabalhando....
Glenn Hughes live!

Tudo pronto para o show!
Palco preparado...
Eu passando o som da guitarra...antes do show...

Oi galera,
Voltei a trabalhar em shows depois de um longo hiato longe dos backstage(s), soundcheck(s), set list(s), backline(s)...estamos aqui de volta...
Bom, vou aproveitar o show do Glenn Hughes para mostrar um pouco como funcionam as coisas... antes de tudo acontecer...antes do concerto!
O show marcado para o Carioca Club – em plena capital paulistana, ocorreu num sábado, dia 11/12/ 2010!
Cheguei ao local às 10 da manhã, junto com o Saulo (escalado para ser o técnico de bateria). A equipe do som chegou meia hora depois e começou a descarregar o equipamento. A empresa contratada foi a VS7 Eventos:
Chegada dos equipos de som - mesas, monitores, condicionadores, etc....
Praticável da bateria sendo descarregada....

Nos shows, normalmente realizados em casas especializadas, a parafernália de som que abastece o palco/platéia são os primeiros equipamentos a serem montados.
A equipe descarrega tudo e a primeira coisa importante é o posicionamento dos geradores de força para alimentar todos os equipamentos. É necessário encontrar um local no palco (nas laterais) com boa ventilação e acesso rápido. Dos geradores, as primeiras réguas de AC (tomadas) são estendidas e os cabos de força são preparados. Simultaneamente, a mesa de monitor (que controla o som do palco para os músicos), periféricos e outros equipamentos são montados e ajustados. O cabeamento é importante –
consiste nas ligações dos aparelhos entre si através de inúmeros cabos e medusas. Como o próprio nome diz, medusas são extensões que distribuem sinais de áudio – são como multicabos organizados que possuem conectores numerados para cada via. É uma maneira simples e eficaz de organizar os cabos do backline para a mesa de som. Calma....já...já explico o que é backline!
Aqui nos referimos ao multicabo como medusa (coincidentemente, Glenn cantou a música Medusa do Trapeze no show...)...mas fora do Brasil, utilizamos o termo “snake” para esses multicabos.
Medusa
Medusa ou "snake"
Voltando a montagem, a equipe de sonorização posiciona o equipamento seguindo um critério técnico. No Carioca Club, a mesa de som do palco fica sempre posicionada á direita (do ponto de vista da platéia). Já a mesa de PA (significava public address...ou seja, som dirigido ao público, mas hoje em dia, mudaram para “performance audio”). É a mesa de som que faz o alinhamento de som para a platéia. Essa mesa (do PA) recebe o sinal da mesa de monitor (do palco), edita e emula o som que será dirigido ao púbico. Simples né? A mesa de PA também é denominada de FOH (front of house – significa “de frente para o palco”).
Enquanto a equipe de sonorização monta os equipamentos para o palco e para a platéia, chega o backline. Esse termo se refere aos equipamentos dos músicos: amplificadores, caixas de som, bateria, teclados, cabos e etc...
A empresa contratada foi a Só Palco:
http://www.sopalco.com.br/
Muitas vezes, a mesma empresa fornece a sonorização, o backline, os técnicos de montagem e técnicos operadores.
Neste show, contrataram a sonorização, operador de som para palco da VS7 e apenas o backline da Só Palco, mas com a montagem e operação do back ficou sob nossa incumbência (é o trivial, na maioria das vezes). E a operação de som para o público seria feita pelo técnico sueco Sly (que acompanha Glenn Hughes na tour).
Equipe de sonorização antes da montagem dos equipos...

Conferimos cada item, fazendo um checklist de cada equipamento. A banda envia o “Rider” ( a relação do equipamento requerido para o show). Existe o Technical Rider FOH, Technical Rider Monitor e o Backline requerido pela banda. Esses detalhes são acordados previamente entre promotores e o artista/banda.
Eu e Sylvia, no camarim...colocando cordas novas...

O produtor Fernando Goulart e a minha ex- aluna e técnica de cordas Sylvia chegaram com os sortimentos do camarim: bebidas, toalhas, comidas e alguns equipamentos dos músicos. Organizamos o camarim e enquanto o backline aguardava nossas habilidades, aproveitamos para trocar as cordas das guitarras do guitarrista Soren Andersen.
Terminada o ajuste nos instrumentos, iniciamos a montagem do backline (propositalmente um pouco depois da equipe de sonorização para não causar confusão no palco). Primeiro, montamos o praticável da bateria (três módulos com ajuste de altura que posiciona a bateria acima do piso do palco). É justamente por baixo do praticável da bateria, nesse submundo que circulam os cabos e medusas...

Logicamente, acima do praticável, Saulo iniciou a montagem da batera. Primeiro, o tapete para impedir a movimentação das peças, depois propriamente o instrumento e os pedestais. Os amplificadores são posicionados ao lado do praticável. Todo o palco é montado seguindo o stage-plot (mapa de palco fornecido pela banda). Outra lista importante é o input List (listagem referente aos monitores, microfones, quantidade de canais e efeitos a serem inseridos). É uma listagem importante para o técnico de monitor que opera a mesa de som do palco e p/o operador de mesa do PA.
Antes...na montagem...
E depois...aguardando o show...no fundo a Pauleira, na supervisão...

No Show do Glenn, montamos a bateria no centro, posicionamos os amplificadores de guitarra ( 2 cabeçotes Marshall JCM2000DSL e 2 caixas Marshall 4 x 12) do lado esquerdo e os amplificadores de baixo á direita ( 2 cabeçotes Ampeg SVT 2 PRO e dois gabinetes 8 x 10). O teclado ficou também do lado esquerdo ( Yamaha Motif Master Key).
E a escalação:
Henry – Técnico de Soren, (guitarra)
Sylvia – Técnica de Glenn – apoio a Anders (teclados)
Saulo – Técnico de Pontus (batera)
E a Pauleira, suporte técnico e na sobra para qualquer eventualidade.
Equipos de sonorização montados e ligados...agora é só sincronizar o backline com a mesa...microfones, direct boxes, cabos, ajustes, etc...
Aproveitamos um intervalo para ir almoçar...isso mesmo...ainda tivemos tempo para um lanche nas redondezas (coisa rara em shows)...mas voltamos rápido para continuar a sincronização até a chegada da banda, sem o Glenn...
Neste interím, é feita a primeira passagem de som para checar as peças de bateria e os microfones individuais e os “overs” (microfones que captam ambiência de peças próximas...ou o conjunto delas).
Saulo passou cada peça e afinou a bateria. E só restava a chegada do Pontus para os últimos acertos. O trampo do Saulo é bem feito. Dias antes ele estudou por fotos e pelo you tube. Isso fez muita diferença...Pontus chegou e as correções foram mínimas.
O guitarrista Soren chegou e passamos o set-list juntos. Marcamos as trocas de guitarras e as mudanças de afinações de músicas específicas. Depois decidimos utilizar os dois cabeçotes e caixas simultaneamente. Ele me mostrou algumas programações da pedaleira. Durante a passagem de som, fiquei observando algumas coisas que são importantes na hora do show. O jeito que o cara toca, como aciona a pedaleira, como se movimenta e etc...
Modificamos alguns detalhes, sugeri utilizar os pés dos cases para elevar mais a altura dos amplificadores, que ele concordou e realmente ficou melhor! E preparei uma mesa atrás dos amps para fazer meu trabalho durante o show...chamamos de “a casa do roadie”...
Mesa no backstage...ou roadie´s house...
pedaleira do Soren Andersen....
Backline do guitarrista Soren Andersen

Ainda fui ajudar o tecladista Anders a preparar o teclado e os módulos de timbres. Utilizamos 4 direct boxes no piso para casar o sinal dos módulos e do teclado (em estéreo)...teclado não tem segredo...dificilmente dá problema!
Tecladista Anders Olinder - usou um teclado master e dois módulos de timbres, 4 direct boxes!

Sylvia ficou cuidando do Glenn...tarefa árdua porque o “papa Glenn” tava xiliquento com muitas coisas...os pedais de efeitos não foram revisados e faltaram adaptadores de tomada para o nosso padrão...mal contato, cabos com problemas, etc...e os amplificadores foram conectados (um como escravo e outro como master)...o pedal de distorção começou a dar problemas e a galera da produção saiu para comprar um “plano B”...o guitarrista Soren passou o som do baixo até Glenn chegar...
Eu e Sylvia...depois do soundcheck...
A passagem de som é importante para mapear ajustes e acertar muitos detalhes de alinhamento e equalização do som. Mas o soundcheck é feito normalmente com a casa vazia...depois c/a presença do público...muda a pressão sonora da casa e o(s) timbre(s) também mudam...o que requer dos operadores uma capacidade de conversão bastante precisa...
Voltando ao pré-show...passagem de som atrasada, problemas resolvidos...
Enfim, o “papa Glenn” adentrou no recinto...questionou o som dos cabeçotes, mexe daqui, mexe dali...monitores in-ear ajustados...mexe daqui, mexe dali de novo...fixação da “colinha” dasletrasnas caixas de retorno...etc...etc...
Soundcheck: eu, Saulo, Rafael (sonorização), Sylvia, Glenn e Soren...

Soundcheck: Soren, eu, Pete (Glenn´s personal manager), Glenn, Miltão e Saulo...
Essas duas fotos foram tiradas por Bia e Isa...
....as restantes das fotos foram feitas pela Pauleira e Silvia.
mais fotos no meu Facebook:
ou orkut:

segue na sequência a parte 2 da postagem...

Glenn Hughes - Brazil tour parte 2


Linecheck...antes do show....
E a banda começa a passar o som...privilégio de poucos convidados que conseguir entrar na casa e já estavam acomodados. Últimos ajustes de monitoração e timbres...terminada a passagem de som...aprovada pelos músicos e Glenn...tínhamos apenas uma hora para acerto de outros detalhes:
Prender os cabos e fiação com fitas (usei a gaffer tape – tipo uma Silver Tape a base de tecido forte, parecida com fitas hospitalares. Usei a cor preta para fixar cabos, fios e o set-list no piso. A fita branca usei para demarcação do piso (a branca é visível em locais de pouca luz e facilita a locomoção). Fita dupla face 3M do tipo esponja para fixação de palhetas no pedestal de microfone. Checagem de cabos, desligamos os amplificadores, e a fonte das pedaleiras. No camarim, organizamos as toalhas e as garrafas de água para serem distribuídas no palco. Uma dica: as garrafas de água, tiramos um pouco da água, para não transbordar quando o músico pega na garrafa. E as deixamos espalhadas sem a tampa...
Set list também deve ser fixado em local determinado pelo músico e o técnico deve ter algumas de reserva...
O set list é o relógio do técnico...é onde são mapeadas as trocas de instrumento e alguns pormenores do show...
Minha mesa de trabalho atrás dos amps...aquele papel colado atrás da caixa(abaixo do cabeçote), é o set-list...vou riscando as músicas...uma a uma...e assim é meu relógio do show...é pelo set-list que sei as trocas de guitarra e as afinações...

Com um intervalo de aproximadamente uma hora, consegui ir até o camarote falar com a galera convidada: Silvia, Fernando, Isaura, Bia, Marcio, Gustavo, Rossana e ainda encontrei o Roberto Teixeira, Adriano Coelho, Joey, Lucas, Luiz Sacoman, Faiska e uma galera do facebook e orkut!!!
Esse intervalo antes do show, é importante...trocamos de roupa, nos concentramos nos últimos detalhes...fazemos um plano de ação e começamos a ligar os equipamentos e fazemos um checkline rápido para verificar os sinais de áudio. Preparamos as ferramentas, peças e cordas de reposição, afinador ligado e adrenalina nas veias( no meu caso...como sou veterano...essa adrenalina é bem pouquinha...mas dura umas duas músicas...depois passa...).
Meu trampo era bem simples, troca de guitarras, afinar a corda mizona em drop D em duas músicas, ficar de olho nos cabos e microfones. A pedaleira do Soren também poderia travar, tinha que ficar atento a isso e estar preparado para as eventualidades...e monitorar o retorno dele...Por isso na passagem de som, vc tem que escutar e memorizar o que ele pediu na monitoração dos side fills (caixas de retorno laterais)...
E foi tudo bem...fiz meu arroz e feijão...o Soren nem teve que sair do palco na maioria das vezes...e as afinações foram precisas...e teve um curioso aperto de mão que ele me deu...no solo de bateria..que entendi como um agradecimento...depois no camarim...ele agradeceu e os elogios são sempre bem vindos...
Durante o show é necessário checar a afinação das guitarras constantemente. Limpo a guitarra e fico atento a tudo que passa no palco e ao som. Os microfones dos gabinetes de falantes também são checados e é necessário “ficar de olho” em cada detalhe.
Bom, não tem muito que falar do show...quem trabalha no backstage não tem tempo para isso...ficamos tão focados e concentrados na parte técnica que são raros os momentos descontraídos...
Durante o show, o único problema foi um “blecaute” de alimentação num dos pedais de efeito do Glenn. Sylvia entrou no palco para resolver o problema e teve a ajuda do Saulo...mas foi necessário desligar o pedal e Glenn desistiu de fazer um número solo...Foram alguns minutos de espera...e eu nem fui ajudá-los porque num momento como esse...mais gente envolvida...mais atrapalha que ajuda...
Saulo e Sylvia tentando ressuscitar o pedal do Glenn!!!!
Do meu lado, foi tudo certinho e sem percalços...tudo nos conformes...Isso significa que quando um trabalho prévio é bem feito...não sofreremos durante o show...
Na penúltima música, começamos a arrumar as coisas: trazemos os cases do camarim para o fundo do palco, guardamos as ferramentas que não utilizaremos mais.
Terminado o show, primeiro guardamos o equipamento dos músicos e os levamos para o camarim. Depois iniciamos a desmontagem do backline. Nesse ínterim, a equipe de sonorização também inicia a desmontagem dos equipamentos. É tudo simultâneo!
É preciso sempre saber como os equipamentos dos músicos são guardados. Por isso, quando eles chegam para a passagem de som, é importante mapear tudo e depois checar cada ítem várias vezes...
Os camarins do Carioca Club são pequenos e os corredores estreitos...logo, se misturam músicos, técnicos, produtores e fãs...ambiente propício para confusão..Pra vocês verem, guardei os cabos do guitarrista dentro do pedalboard na frente dele...e depois um dos cabos sumiu...o técnico Sly deve ter aberto o pedalboard para procurar 2 grips para microfone (que guardei para ele no camarim dos técnicos...)...provavelmente Sly deixou os cabos que já estavam guardados, fora do pedalboard...ou seja, um deles sumiu...vai saber???
E coisa que eu não costumo fazer em shows é tirar foto...pedir autógrafos etc..etc..etc...sempre achei isso anti-ético, mas aos poucos a gente vai mudando e ficando mais flexível...

Mas é isso...terminamos tudo e fomos comer massa no bairro do Bixiga...desta vez, nossa equipe trabalhou apenas em São Paulo...mas eu acabei sendo sondado para terminar a tour...que infelizmente não pude fazer por compromissos assumidos anteriormente...até a próxima galera!

14/12/2010

Glenn no Ronnie Von

Galera, conforme prometido…vou contar o que rolou nas gravações do Glenn Hughes no programa do Ronnie Von!
Glenn chegou na manhã de quinta feira (dia 09/12/2010), junto com o tecladista Anders Olinder e o baterista Pontus Engborg.
Fui junto com o Saulo para a loja Made In Brazil em Moema, escolher dois violões para o Glenn. O gerente Edu nos recebeu, enquanto aguardávamos os tramites para o empréstimo – ficamos bisbilhotando as coisas pela loja...que aliás...é bem legal!
Saímos no meu carro e o Edu nos seguiu em direção ao hotel. No lobby encontramos a galera da produção: Fernando, Rodrigo e Milton e a roadie Sylvia (minha ex-aluna). Nós ficamos boa parte da tarde conversando com o baterista Pontus e a Sylvia levou os dois violões para Glenn testar no quarto.
Glenn escolheu um dos modelos disponíveis e logo em seguida desceu ao lobby. Nosso primeiro contato foi apenas formal e troquei breves frases com ele. Dei algumas palhetas leves para ele e seguimos todos com a van para a rede Gazeta. Nem precisa falar que pegamos um trânsito caótico e lento até chegar nas imediações da avenida Paulista. Mas chegamos e começamos a descarregar os equipamentos. Fomos acomodados num camarim amplo e confortável. A galera toda do programa é muito legal – produtoras, estagiários, equipe técnica e o próprio Ronnie Von.
Comecei a preparar o violão de Glenn, enquanto que Sylvia e Saulo preparavam a montagem do teclado e dos módulos de som e periféricos.
A passagem de som seria feita no intervalo e a gravação no momento posterior. O programa é gravado, mas um intervalo de apenas uma hora separa a gravação da transmissão, ou seja, pouca edição!
Glenn esqueceu de trazer um periférico para a voz (TC Electronics D2) que o acompanha durante as tours. A produção local não conseguiu providenciar a tempo o referido periférico. Eu tive que descer dois andares e fazer uns ajustes improvisados em outro periférico similar, um SPX 900 da Yamaha. Voltei rapidamente para o estúdio e preparei novamente o violão para Glenn. E finalmente iniciamos a passagem de som e a gravação do programa com duas músicas: Coast to Coast e Medusa (terminando a canção com Catch the Rainbow, em homenagem a Ronnie James Dio).
Bom, pelo meu relato parece que foi simples e rápido, mas não...
É tudo demorado para acontecer...muita adrenalina, improvisação, tensão, pressão e desencontros...uma experiência insólita!
Depois, Glenn resolveu ficar no camarim para assistir no ar, a apresentação. Momento que aproveitamos para relaxar e ter certeza de que cumprimos com nossas atribuições.
Depois saímos da emissora e nos dirigimos direto para o hotel. Glenn foi se recolher para o quarto. O tecladista Anders e o baterista Pontus, eu, Saulo, Sylvia e o produtor Milton (c/sua filha), fomos jantar.
Antes do jantar, encontrei dois amigos no hotel: Joe Moghabi e o Fred Andrade...esse mundo é mesmo pequeno, pequenino...
As fotos foram tiradas pelo Saulo, eu estava sem muita vontade de fotografar...e durante a gravação, acho que todos ficaram hipnotizados com a performance vocal do Glenn...ele ainda é insuperável, o melhor da geração dele e de muitas outras...


Saulo e Ronnie Von...


Luz, câmera, ação....gravação rolando...aviso de silêncio...poutzzz, e eu deixei um direct box cair no chão ...bem nessa hora...


Olha a galera na degustação, logo depois do Glenn...


Camarim da emissora...socialites reunidas...


Vista do alto do prédio da gazeta...nessa época do ano, a avenida fica bem legal para passear...mas a pé...porque de carro ...tem que ter muita paciência....


Glenn no camarim aguardando a gravação ir ao ar...do lado dele a filha do produtor Milton(Stephany)...que aliás...adotou o Glenn...
bom galera, em breve eu falo do show...e do backstage...


13/12/2010

Glenn Hughes diário da tour! parte 2


Eu trabalhando no show, as trocas de guitarra foram frenéticas, mas fiz meu arroz/feijão e tudo correu normalíssimo...até deu para curtir 2 ou 3 músicas...


Eu e o Soren Andersen (guitarrista do Glenn)
Oi galera, o show do Glenn foi fantástico e energético. Na verdade, quem trabalha na parte técnica pouco curte do show - porque estamos muito focados em todo o equipamento e na movimentação dos músicos.
Colocarei aqui em breve, o relato da preparação, da montagem, passagem de som e o nosso trabalho no show.
Algums fotos estão disponíveis no Facebook:
E também no Orkut:

Em breve acrescentarei mais fotos em ambos os álbuns e colocarei tudo no flicker tbém...
A galera da banda é muito legal. O batera Pontus Engborg é uma figura, assim como o tecladista Anders Olinder. Depois do programa do Ronnie Von, fomos eu, Saulo, Sylvia, Miltão & filha, jantar no Chico Hamburger. Pontus é o cara mais ligadão...e o Anders o mais introspectivo.
O guitarrista Soren Andersen, só o conheci no dia do show. É extremamente profissional e me tratou superbem. Confesso que durante o show, ele ficou mais amigável...me dando a mão p/agradecer o trampo que fazia para ele. Depois do show, reconheceu que o trabalho foi perfeito. E modéstia parte...fiz o "arroz e feijão" e nada mais...
O técnico Sly do PA ou FOH é outro figura. Ele cuida das mesas de som e de muitos detalhes técnicos. Nosso entrosamento foi ótimo, ele é bastante competente e prestativo, mas estava tenso no primeiro show com o humor inconstante do Glenn e diante de alguns problemas técnicos. Mas me parabenizou pelo trabalho, logo que nos encontramos depois do show.
O personal manager do Glenn é o Pete Dovenius, um sujeito alto e que todos acharam que seria o advogado do diabo nessa tour...mas não...o cara é uma moça...
Infelizmente a bagagem do cara se perdeu no vôo para São Paulo e justo ele...que sugere as roupas e o figurino do Glenn, justo ele!!!!!ficou com a roupa do corpo.
Vai entender, ele ficou de camiseta de manga longa (cedida pela produção) e gorro(!!!!), apesar do calor de sampa no sábado...esses europeus...
Eo Glenn? Pois é...ele trocou de quarto (no hotel) e acabou trocando de hotel...deu "piti", resmungou, reclamou...o problema técnico no show de São Paulo se limitou apenas na falha de um dos pedais (que já veio detonado e apesar de ter insistido em checar antes, o que não foi possível...eu acho que foi mais culpa dele mesmo)...mas o Glenn é o Glenn...tem que dar um desconto grande...
Eu não me esforcei em tentar tirar uma foto com ele. Eu sou de uma geração posterior a dele, mas somos de gerações próximas. Eu sempre procurei ser profissional e separar essa coisa de fã.
Por isso, resolvi esquecer essa coisa de foto. Eu fiquei um pouco decepcionado com uns lances do Glenn, mas depois do show, no camarim...ele me deu a mão e disse: muito obrigado Henry! Ali eu esqueci tudo e valeu muito mais que uma foto juntos.

Hoje 13/12/2010
Pete acabou de pedir p/que eu me junte novamente a crew, para os shows do Glenn em Goiânia.
O show de Porto Alegre foi caótico e cheio de problemas. O baterista Pontus me disse pelo Facebook que a equipe local era muito fraca e que nós arrebentamos em São Paulo...e fizemos falta lá...
Para mim, isso é um misto de satisfação e também de tristeza porque eles merecem o melhor em termos de produção técnica. Nós cumprimos nossas tarefas com profissionalismo aqui em São Paulo e não vou negar que sabia que isso poderia acontecer nas outras cidades...Mas nos limitamos a dar o melhor quando estamos presentes e o que aconteceu longe de nós, não importa...apenas lamentamos...
Eu e minha equipe (Saulo, Pauleira), também necessitamos de boas condições de trabalho. Não fazemos milagres acontecerem. Infelizmente não acho que poderei atender a solicitação do Pete e da produção em terminar ou ajudá-los nos shows de Goiânia - porque temos compromissos assumidos aqui em São Paulo. Mas essa solicitação por parte do Pete e da equipe de produção, muito me honra, com certeza.
Minha amiga e ex-aluna Sylvia está com eles, mas é humanamente impossível, uma única pessoa dar conta de tudo (mesmo com a ajuda do Sly)...impossível...
Vamos então acompanhar e torcer para que o restante da tour seja mais tranquila e menos caótica.
A galera da minha equipe, parabéns para o Saulo (fiel amigo e colega de tours), parabéns a Pauleira pelo primeiro show da carreira (me ajudou muito...muito...).
Em breve, mais sobre a tour do Glenn!

10/12/2010

Diário Glenn Hughes Brazil tour!


Glenn Hughes e 3/4 da banda estão no Brasil. O guitarrista Soren Andersen chegou hoje com o tour manager de Glenn (Peter) e o técnico de PA (Sly)...
Eu e Saulo estivemos na loja Made in Brazil em Moema e junto com o gerente Eduardo, escolhemos 2 violões Martin para o Glenn testar.
Tínhamos gravação na Rede Gazeta no programa do Ronnie Von.
Saímos da loja direto para o hotel e nos encontramos com a crew e o pessoal da produção. O primeiro da banda a conversar comigo foi o baterista Pontus Engborg, que me reconheceu do Facebook. Depois falei brevemente com o tecladista Anders Olinder.
Passamos boa parte do tempo conversando no hotel e saímos toda a trupe na van em direção a Rede Gazeta, na Avenida Paulista.
A gravação e toda a preparação foi uma correria danada. Em breve, eu coloco mais detalhes aqui no blog...e o Saulo ainda conseguiu tirar umas fotos no meio do caos....uma, inclusive, dele com o Ronnie Von!
Hoje é outro dia de preparativos e de ir atrás de algumas pendências de equipamentos que faltam para o show. Felizmente, eu e Saulo estaremos na escola trabalhando normalmente e apenas em prontidão para alguma eventualidade.
Mas amanhã...dia de show...a correria que estamos acostumados é multiplicada x 1000! Com ingredientes extras de adrenalina!
abrax a todos!

20/11/2010

Raven & Steve Grimmett Brazil tour 2010


Fazia um bom tempo que larguei os trabalhos em shows. Tanto que num recente convite, recusei a possibilidade de ser drum tech das bandas Raven e Steve Grimmett. Pra quem não sabe: Raven é uma legendária banda inglesa formada nos anos 70, que se consagrou após o surgimento do heavy metal nos anos 80 na NWOBHM. E Steve Grimmett foi vocalista de bandas como Grim Reaper e Lionheart. Steve é outro ícone da época.
Já fiz bateria algumas vezes e sempre achei “chato” e cansativo. E levando em conta que eram duas bandas com intervalo de meia hora, compartilhando o mesmo drum kit – imaginei como seria a trabalheira e a correria! Não aceitei e indiquei meu amigo Saulo, que assumiu a incumbência – seria o segundo show internacional dele (a primeira foi comigo com o baixista Magnus Rósen – ex Hammerfall).
O convite me foi feito por uma ex-aluna da escola, a Sylvia D´Antonio, que seria a Guitar Tech dessas bandas...
Bom, tudo acertado. Apenas me preocupei em toques e sugestões para o Saulo. Afinal, ele é Guitar Tech, mas também entende de bateria. Tudo certo, tudo acertado entre as partes, fiquei sossegado...
O show seria num sábado (dia 13/11/2010, no Carioca Club). Noite de sexta, me despedi do Saulo desejando “boa sorte” e apesar de ter prometido aparecer no show, acabei desistindo de ir por conta de assuntos pessoais.
No sábado de manhã, fui trabalhar mais cedo e logo quando liguei meu celular, duas mensagens de texto já indicavam um contratempo com relação a parte técnica do show. Liguei para o produtor Fernando Goulart da AWO...e fico sabendo que a Sylvia....isso...originalmente a Guitar Tech das referidas bandas, não conseguiu as passagens para vir trabalhar no show....!!!
Alguns telefonemas e assuntos pessoais resolvidos, atendi ao pedido dos produtores e aceitei trabalhar no show....mas como Guitar Tech e Stage Manager. Ainda fiquei na escola durante a manhã, passei em casa para me trocar e pegar a maleta de ferramentas, que está sempre pronta para qualquer emergência.
Bom, a idéia era levar mais uma pessoa para nos ajudar. Chamei a Pauleira, mas ela já tinha um compromisso inadiável. A Pauleira seria legal porque sabe montar bateria, é luthier de cordas, fala inglês e não tem tempo ruim para ela...Mas não deu...Então tinha que decidir: entre chamar alguém sem experiência e trabalhar apenas em dois – decidi na dupla eu & Saulo.
Durante a montagem do palco, uma galera nos ajudou: guitarrista Guto e o pessoal da sonorização.
Eu já dei um curso de roadie e técnicos de palco durante 2 anos. E o lema é esse: saber lidar com o imprevisto e resolver os problemas. O fato em si, era um imprevisto e um problema. Pois é, eu de volta aos palcos e backstage(s) novamente!
Steve Grimmett e eu!

O Raven veio primeiro passar o som. Os caras são simpáticos e humildes. É um prazer conhecer gente assim. Mark e John me abraçaram quando disse a eles que eram venerados no Japão. O batera Joe Hasselvander & Saulo começaram os ajustes da bateria. Saulo apesar de não falar inglês, se virou bem com o gestual. Montamos o set up dos caras e eu já estava na minha improvisada mesa regulando a altura de cordas da guitarra do Mark e já previa que seria um show “daqueles”.
Mark trouxe 2 guitarras detonadas, uma pedaleira Zoom (para wah e delay apenas), um A/B box, uma potência Rocktron, pré Triaxis Mesa Boogie e afinador de rack da Behringher. Ele trouxe seus próprios "podres"cabos.
Mark usou duas caixas Marshall das quatro disponíveis.
John Gallagher trouxe 2 instrumentos ( o legendário baixo Explorer vermelho e um baixo de 8 cordas). John usa um microfone para vocal do tipo headset e sistema sem fio também nos baixos. Ele usou o cabeçote SVT Ampeg com caixa 4 x 10. Ele trouxe uma pedaleira Boss GT3 (delays e compressores) no input do amp e um rack PSA1 da SansAmp no loop do cabeçote. O sinal do baixo é dividido em 2 vias: um para o Direct Box e outro no input do amp.
A passagem de som foi legal. Os caras detonam! Mark me pediu para consertar um cabo e dar uma geral nas guitarras dele. Saulo memorizou a batera e ficamos a espera da passagem de som da próxima banda.
Steve e banda demoraram um pouco, mas quando chegaram, tivemos que fazer as mudanças no palco. Saulo e o baterista André iniciaram as mudanças na bateria. Eu fiquei com o Marcel (guitarrista) e o Bruno (baixista). Para o Marcel, selecionamos o cabeçote Marshall e duas caixas restantes. Ele usou apenas um pedal Boss SuperOverdrive como booster para solos. A guitarra era uma N4 da Washburn com captadores Dimarzio e afinação meio tom abaixo.
Para o baixista Bruno, decidi utilizar o cabeçote reserva e a caixa principal. Mas não sei porque resolvi mudar de idéia ( o que foi uma decisão acertada e fez diferença depois, com relação a “ganhar tempo”). Então, apenas modifiquei a cadeia do sinal do Bruno porque ele utilizou apenas um pedal Boss Chorus. A passagem de som foi tranqüila e aproveitamos para mapear todas as regulagens sonoras (amps) e físicas (bateria, microfones e pedestais).
Terminada a passagem de som, finalizamos as coisas no palco e fizemos um lanche na base do “empurra sanduíche e batata frita goela abaixo”.

Saulo ficou tirando fotos e eu fui preparar as a garrafas de água, toalhas, e papel para o set-list. Depois voltamos eu e Saulo para checar as configurações dos amps e das guitarras e fomos relaxar com amigos que vieram mais cedo e já estavam dentro da casa.
Esse intervalo foi bem curto. Logo estávamos preparando os últimos detalhes para a apresentação de Steve & banda. Camarim, palco, backstage, camarim, palco, uma correria...
Ligamos os amps, set list no chão, garrafas de água pelo palco, toalhas, organização de ferramentas no backstage...etc...
Sobre o show, não tem muito que falar. Pedirei para vocês lerem no link relacionado porque é a perspectiva de quem assistiu o show. A nossa é diferente! Mas gostamos e curtimos muito. Steve é carismático e a banda foi hiper competente. Bruno, André e Marcel, vocês detonaram!
Antes da apresentação, Steve me deu um abraço de agradecimento. Esse tipo de coisa é que torna tudo isso muito gratificante!
Antes de terminar o show do Steve, preparação do backstage e camarim.
Findada a apresentação do Steve & banda, correria para montar as coisas para o Raven. Meia hora apenas.
Troca de amplificadores de guitarra, checagem de sinal da guitarra & baixo, troca de disposição das peças da bateria, set list no chão, águas, toalhas, improvisações, troca de potenciômetro na última hora e finalmente começa o show!
Aliás, showzaço! Vocês poderão comprovar nos vídeos e no review do link. Muito bom! Os caras são old school totais e depois Steve Grimmett voltou para tocar um som com eles!
Bom, ambos os shows tivemos que ficar alertas e invadimos o palco diversas vezes, o que vocês poderão comprovar nos vídeos e fotos. Não tinha muito jeito, palco pequeno, duas bandas somente 2 técnicos e muitas probabilidades de problemas.
Mas no final, deu tudo certo e o melhor termômetro é quando produtores, banda, artistas e até audiência, nos procuram para dizer que o trabalho foi profissional e relevante. John Gallagher me mandou uma mensagem no Facebook bem legal, e a galera da Grimmett Band (Marcel e Bruno) já nos contataram depois, também agradecendo. Valew galera!
Bom, a desmontagem é terrível. Como haveria outro evento na casa depois do show, tivemos que correr (o pior é a canseira!)...para desmontar, levar as coisas para os camarins e ajeitar tudo para que as bandas pudessem ir embora. Terminamos tudo, tiramos fotos com a galera e finalmente fomos jantar no Black Dog com amigos...depois...cama!
Imprevistos!
Só para vocês terem idéia do que pode acontecer, algumas situações que tivemos que enfrentar:
- Cabeçote reserva Marshall JCM900 estava com um canal queimado. Felizmente não foi necessário utilizá-lo.
- Não sabíamos qual era a configuração dos amps do Raven, foi tudo no chute!
- Não tínhamos o mapeamento da bateria para as duas bandas. O Saulo se baseou em fotos de show e na estatura do baterista do Raven. Já sobre as configurações do baterista André do Steve Grimmett, nem tínhamos idéia de nada.
- A caixa Ampeg 4 x 10 estava sem os pés dianteiros, tivemos que improvisar dois pés com ferramentas.
- Problemas com ruídos oriundos do afinador de rack de Mark. Tivemos que diminuir o ganho de saída da potência e adicionar ganho na mesa.
- Tive que improvisar a tampa de um dos cases como suporte dos transmissores sem fio do baixista do Raven na lateral do palco, por causa da baixa recepção de sinal.
- As guitarras de Mark Gallagher do Raven estavam totalmente desreguladas e com muitos problemas de parte elétrica.
- Troquei o jack de saída da guitarra do Mark
- Troquei o potenciômetro de volume da guitarra do Mark.
- Consertei o cabo send/return do Triaxis do Mark.
- O Direct Box do amp de baixo estava com mal contato na posição ativo da chave, tive que improvisar uma trava.
- Tivemos que improvisar um “calço” no pedal de bumbo danificado durante a apresentação do Raven.
- Tivemos que trocar o cabeçote Ampeg SVT durante o show do Raven por superaquecimento. A sorte que deixei o cabeçote reserva perto do sistema principal.
- Saulo teve que mapear os posicionamentos das duas baterias no olhômetro e no “feeling”.
- O guitarrista Marcel da banda de Steve Grimmett estava sem guitarra reserva. Deixei uma das guitarras do Mark Gallagher no backstage com afinação alterada para meio tom abaixo ( seria usada, em caso de problemas, como por exemplo: quebra de corda).
- Meu afinador Korg DT-7 pifou durante o show do Grimmett. Voltou ao normal durante o show do Raven.
- Nossas lanternas pararam de funcionar simultaneamente num dado instante do show ??? Depois voltaram a funcionar ???
- Os cabos emborrachados e sujos teimavam em embaralhar ou enrolar, tive que entrar no palco diversas vezes para desenrolá-los.
- Steve Grimmett trouxe uma pasta com as letras das músicas(era a “cola” dele), diversas vezes, tive que entrar no palco para arrumar a pasta – que estava presa no chão.
- Muita gente invadiu o palco durante os shows. Saulo segurou a onda até eu chamar um segurança e colocá-lo no palco – porque não é nossa função.
- Pedestal de microfone e respectivo microfone saíram voando do palco no Raven. Quase que tive que dar um “mosh” para recuperá-los, mas a audiência devolveu.
Algums fotos:
Eu & Mark Gallagher (Raven)


Saulo e o baterista Joe Hassel (Raven)

Banda do Steve Grimmett (André, Marcel e Bruno) e eu!
Neste link, tem o set-list e mais fotos!
Videos: Steve Grimmett & Band - Raven





07/11/2010

Europe Brazil Tour 2010



Europe Brazil Tour 2010
HSBC Hall 05/11/2010
Henry Ho
Pics: Henry Ho

Uma noite de chuva e de caos no trânsito, evitei passar perto das imediações de outro grande show marcado para o mesmo dia, o do rapper Eminem. Logo que cheguei, desabou um temporal que judiou a galera que estava na expectativa para entrar. Felizmente, a chuva deu uma trégua e o melhor ainda estava para vir!
A banda entrou no palco com um atraso de "longos"...dez minutos. Mas valeu a espera. Logo de cara, detonaram Last Look At Eden, música do recente álbum homônimo e a galera veio ao delírio.
Band Line-Up
Joey Tempest – vocals/guitar
John Norum – Lead Guitar
Mic Michaeli – Keyboards
John Leven – Bass Guitar
Ian Haugland - Drum
Para mim existem dois tipos de vocalista. O tipo cantor! Aquele que tem o gogó privilegiado, que basta apenas soltar a voz e pronto! Gente como Geoff Tate, Ronnie Dio (RIP!) e Glen Hughes.
E tem o tipo “Frontman” – aquele que não é tão perfeito como cantor, mas que pela simples presença no palco, é suficiente para hipnotizar a audiência. É o caso de alguns: Dave Lee Roth, Ozzy e Alice Cooper.



Joey Tempest, o vocalista do Europe está inserido nessas duas categorias. É um excelente cantor – perfeito para o estilo hard grudento (característica marcante dos primórdios da banda), mas sabe soltar a voz em sons mais barulhentos. Ele tem um registro vocal amplo e versátil. Ao vivo, é afinadíssimo! Como mestre de cerimônia, Joey cativou a platéia mostrando muito carisma e simpatia.
O guitar hero John Norum usou e abusou das Gibson Les Paul. Norum é um dos meus guitarristas preferidos. Ele é melodioso, melancólico e sabe colocar fraseados rápidos no lugar certo. Os timbres de guitarra estavam muito legais. Já valeu o show! Norum teve uma parte solo no show, apesar de curta arrancou muitos aplausos da galera!
O tecladista Mic Michaeli não foi tão carismático quanto Joey ou Norum, mas ele é o responsável por grande parte dos arranjos. Os timbres dos teclados estavam perfeitos.

O baixista John Leven e o baterista Ian Haugland estavam coesos em sincronia e peso! É o tipo de cozinha que eu gostaria de ter na minha banda! Encorpada, eficiente e sem firulas!
O Set List mesclou as várias fases da banda. As músicas antigas empolgaram os velhos fãs – a banda não mudou os arranjos originais.
Rock The Night, Let The Good Times Rock, a balada Carrie, Seventh Sigh, Wings of Tomorrow, Cherokee, Superstitious e Final Countdown!
E os sons mais novos não cativaram tanto. Uma pena, porque os trabalhos mais recentes são muito bons, faltaram algumas músicas do álbum Start From The Dark, mas a galera saiu satisfeita com o show.
Para muitos aqui no Brazil, foi a primeira vez. Para mim, essa foi a terceira vez que vi a banda. E pelo jeito, deverei revê-los mais vezes!

John Leven & Ian Haugland

Joey & Norum
Mic Michaeli

Joey & Norum

Set List
Prelude
Last Look At Eden
The Beast
Rock The Night
Scream of Anger
Let The Good Times Rock
Carrie
Seventh Sign
New Love in Town
More Than Meets The Eye
Wings of Tomorrow
Forever Travelling
Love is Not The Enemy
Cherokee
Superstitious
Encore:
Ready Or Not
The Final Countdown