23/06/2010

Cover Guitarra 180

Cover Guitarra 180
Essa edição é a derradeira com layout que vocês conhecem. A partir da próxima edição número 181...muita coisa vai mudar em termos de edição gráfica (visual e conteúdo). Meus amigos Andre Martins e André Sampaio assumiram o editorial e a coisa toda deve surpreender a todos os leitores. Nesta edição, matéria de capa bastante oportuna com o genial Jeff Beck com transcrições de licks e riffs feitas pelo Alexandre Bastos.
Na coluna Flash, Steve Vai e sua nova banda. E a continuação do especial Home Studio com Daniel Raizer - matéria bem legal por sinal!
Em termos gerais, a 180 está bem pobre. Faltou um pouco mais de conteúdo, mas as transcrições e as colunas regulares estão presentes.
Quanto aos testes: fiz a análise do amplificador Sound Maker Destructor 210. Era para ter mais 2 testes mas o editorial simplesmente "esqueceu" de colocá-los. Pois é, já era tempo de mudanças mesmo...toda transição está sujeita a coisas do tipo...infelimente...
E não deixe de ler minha coluna OFICINA, onde tiro dúvidas de equipamentos.
Vamos aguardar a próxima edição que provavelmente será mais recheada e mais interessante.

Coluna Oficina edição 180

06/06/2010

Vinnie Moore Workshop

Vinnie Moore - Blackmore Rock Bar - 30/05/2010

Terminada a tour com o UFO, Vinnie Moore voltou para São Paulo para fazer uma clínica de guitarra no Blackmore Rock Bar. Domingo nublado, cheguei ao local antes do horário do workshop (às 18 horas) e já havia uma tímida fila de guitarristas e admiradores. Vinnie chegou pouco antes do horário acompanhado pela produção e pela roadie Sylvia que também fez a tradução das perguntas e respostas.
Vinnie tocou músicas instrumentais de seus discos solos: “Time Odyssey”, “Meltdown” “Out Of Nowhere” e do mais recente álbum: “To The Core”.
Ele usou playbacks das músicas e utilizou o backline do show do UFO: os mesmos amplificadores, pedais e guitarras. Ele explicou detalhes e funções de cada pedal, o ajuste do amp e detalhes das guitarras. Tecnicamente, Vinnie mostrou um vocabulário musical bastante expressivo. Seu fraseado mudou muito desde a época “shredder oitentista”. Ele tocou muitos licks de pentatônica com cromatismos bem colocados, usou palhetada híbrida e usou um Ebow para certas passagens melódicas. Relembrou temas clássicos do começo de sua carreira que abusava das escalas menores harmônicas, arpejos diminutos e frases melancólicas.
Com bom humor, Vinnie respondeu a todas as perguntas. Falou da sensação quando efetivado como guitarrista do UFO – “algo surreal, tornar-se guitarrista de uma banda que costumava admirar e “tirar” os riffs e solos”. Explicou que ficou gripado na primeira tour com o UFO, falou da pressão e a ansiedade que passou. E quando abordado sobre a trilha que fez para o comercial da Pepsi, disse não lembrar mais do antológico solo que fez! Vinnie disse não conhecer muito de música brasileira e depois finalizou o workshop tocando a belíssima “Meltdown”. Depois da clínica, ele autografou CDs e tirou fotos com a maioria dos presentes. Vinnie seguiu depois para o sul do Brasil para uma série de workshops junto com o baterista Aquiles Priester, da banda Hangar.

Vinnie mandando bala com solos inspirados!

Meltdown!

In Control!

Eu e Vinnie!

fotos: Henry Ho, Miwa Sato

03/06/2010

UFO Brazil Tour 2010 - Sâo Paulo 26 de maio de 2010 Carioca Club


A legendária banda inglesa UFO esteve no Brasil pela primeira vez, para série de apresentações. Além de São Paulo, a banda também tocou em Goiânia, Recife e Belo Horizonte. A formação atual da banda inclui três integrantes da line up clássica: Phil Moog nos vocais, Paul Raymond na guitarra base e teclados (entrou em 1977) e Andy Parker na bateria. Na guitarra principal, Vinnie Moore – que entrou para o UFO em 2003. Vinnie surgiu no final dos anos 80, numa época prolífera em guitarristas virtuoses. Ele também tocou na banda de Alice Cooper.
No baixo, o baixista Barry Sparks que substituía Pete Way (da formação clássica), também foi substituído pelo contrabaixista Rob de Luca. Rob tocou com o UFO durante a tour americana de 2008 e atualmente integra também a banda solo do vocalista Sebastian Bach.
O show de São Paulo foi realizado no Carioca Club – aliás, um nome insólito para uma casa de espetáculos em plena capital paulistana!
Horas antes do show a audiência era mista e composta por fãs antigos, trintões e gente nova que curte rock clássico.
Adentrei para o recinto através de uma porta lateral. No dia do show, recebi um telefonema da roadie de Vinnie, minha ex-aluna Sylvia Dantonio, que é luthier e técnica de palco. Uma das guitarras de Vinnie estava com a tarraxa quebrada! Motivo pela qual fui até o local mais cedo para levar as peças de reposição e executar o reparo. Aproveitei para tirar fotos do equipamento, conversar rápido com Vinnie e bisbilhotar o set list.
O show saciou a vontade dos presentes com uma seleção de canções clássicas e performance empolgante da banda. Temas como: Let It Roll, Mother Mary, Out In the Street, This Kids, Cherry, Only You Can Rock Me, Love to Love, Aint No Baby, Too Hot To Handle, Lights Out, Rock Bottom e Doctor Doctor. Duas canções da era moderna foram tocadas:
When Daylights Goes To Town e Hell Driver, que não empolgaram tanto.
O vocalista Phil Moog continua cantando como nos velhos tempos. Paul Raymond mostrou eficiência como guitarrista base, Andy e Rob mostraram uma cozinha irrepreensível. Quanto a Vinnie Moore, a expectativa era muito grande e as comparações com o antecessor Michael Schenker seriam inevitáveis. Mas ele se saiu muito bem. Vinnie manteve a originalidade dos solos de Michael, nas canções onde realmente não poderia modificar. E improvisou e impôs seu fraseado, nos solos de canções onde poderia fazer diferente. Na belíssima Love to Love, ele mesclou ambos os estilos e fez um ótimo trabalho. Em Rock Bottom, muito improviso com direito a arpejos, escalas menores em alta velocidade, fraseados de jazz oitavados e uso abusivo da alavanca. Com relação ao timbre, Vinnie manteve uma sonoridade padrão sem muitas firulas ou efeitos. O backline do guitarrista é simples e básico.

Guitarras
Dean Vinnie Moore signature model

Guitarra principal com acabamento vermelho translúcido. Corpo em Alder com top de maple quilted. Braço de maple com escala de maple, 22 trastes altos, marcações em bolinhas com incrustração em “V” na décima segunda casa. O braço era extremamente confortável em termos de pegada.
Os captadores consistem: Dean DMT Vinnie Moore signature (ponte), DiMarzio noiselees single (meio) e DiMarzio Fast Track1 (braço).
Ponte Floyd Rose e tarraxas Grover douradas.


Dean Vinnie Moore signature model prototype
Guitarra reserva com acabamento branco. Corpo em alder e braço de maple com escala de rosewood indiano. 22 trastes, marcadores de bolinhas, incrustração “V” na décima segunda casa. Os captadores são: Deam DMT Vinnie signature (ponte) e DiMarzio PAF PRO(braço). Ponte Floyd Rose e tarraxas Grover cromadas.

A tarraxa desta que quebrou!


Guitarras no backstage
Sylvia!

Sylvia Dantonio, roadie de Vinnie

Monitor

House of Sound - Monitor

Efeitos
No loop do amplificador Vinnie utiliza dois delays: MXR Carbon Copy Delay e BOSS DD3 Digital Delay. Um deles é ajustado para tempo curto para dar mais consistência ao timbre e o outro é regulado para proporcionar mais profundidade e ambiência.
No input do amp, ele utiliza: Xotic Effects BB Pre-amp/Overdrive, Jim Dunlop Crybaby e BOSS TU-2 afinador.
O pedal BB apenas “empurra” a distorção obtida no canal sujo do amp, principalmente nos solos. Nos sons limpos Vinnie utiliza muito o botão de volume da guitarra.

Pedais no palco


Amplificadores
Vinnie é patrocinado pela ENGL, mas para essa tour alugou 2 cabeçotes Marshall JCM2000 e 4 caixas Marshall 4 x 12".

Marshall on stage!
Cordas e palhetas
Encordoamento DADDARIO .010, afinação meio tom abaixo.
Palhetas Jim Dunlop .88 mm personalizadas.


Rock Bottom! - foto Henry

Love To Love! - foto: Henry


Galera no Carioca Club - foto: João Miguel


Showzaço! opppssss, cadê o Phil Moog??? - foto: João Miguel

Agradecimentos especiais: galera da AWO (Fernando, Milton & filha, Chico, Rodrigo), Sylvia, João Miguel, galera do camarote e Miwa (fotos e pela companhia).