Não tenho interesse de trocar idéias com determinadas empresas do mercado musical. Seja no Facebook, Twitter, no meu blog ou em qualquer outra rede social. Aliás, em lugar nenhum...
O motivo é simples, não quero dar consultoria gratuita para as mesmas. E nem quero que utilizem minha página pessoal para propagandas e divulgação comercial em benefício delas próprias. É evidente que estou me referindo diretamente para empresas que já conheço ou tive algum tipo de relacionamento.
E não pretendo mais ter! Se não as adicionei no FB ou no Twitter, quando solicitado – não é agora que o faria...não adianta insistir.
Tem muito músico atrás de patrocínio e parceria. Entendo e acho que a galera tem que ir atrás mesmo... Essa questão do patrocínio ou endorsement virou “qualquer nota”...muitos não se preocupam mais em relacionar a sua própria imagem com empresas as quais encontrariam elementos de identificação. Uma boa maioria quer o equipamento de graça, exposição na mídia, cachê e essa condição de “status adquirido”. Já vi muitos amigos músicos trocarem de marca apenas pelas vantagens citadas e tocarem com instrumentos de qualidade bastante inferior. Justamente o quesito principal! Uma pena!
De qualquer forma, não estou aqui para julgar esse tipo de atitude. E deixo claro que esse texto não é uma proposta de discussão. Trata se de apenas um comunicado para as referidas – ou seja, não estou disponível para diálogos ou parcerias.
As empresas, fabricantes, ou profissionais que já fazem parte minha lista – é porque sabem disso e sempre respeitaram meu espaço. Aproveito a ocasião para agradecer as mesmas por prestigiarem meu trabalho e me acompanharem por tanto tempo! E faço questão de citá-las: NIG Strings, Malagoli/Sound Eletrônica, Landscape Audio, Hobbertt Technology, Royal Music, Basso Straps, Rotstage, Sound Maker, Power Click e Sobrol.
Com relação a NIG STRINGS, foi a primeira empresa nacional a acreditar no meu trabalho e minha primeira parceira depois que voltei do Japão.
Já trabalhei com marcas como Ernie Ball, Dean Markley, Martin Strings, DR e Darco no Japão. Fui patrocinado pela Ernie Ball e Darco quando vivi na terra do sol nascente. Aqui no Brasil, já trabalhei para Ernie Ball (representada pela Royal Music) e fiz testes com várias marcas no período que fui colunista de revistas como Guitar Player e Cover Guitarra. Provavelmente fui o primeiro colunista técnico a fazer testes em encordoamentos em revistas especializadas.
Minha opção pela NIG é baseada num relacionamento de amizade e conivência. Estou com eles “quase” desde o início da família NIG, que transitou pela linha “ Evolution” até a concepção dos produtos atuais. Acompanhei e testei todas as famílias de encordoamentos e sempre vesti a camisa NIG.
Por que??? Muito simples....
O mais importante é a questão do contexto geral. Não apenas o quesito técnico, se o encordoamento é tecnicamente bom ou satisfaz necessidades.
Para mim, todo o contexto é importante. Não apenas o produto, a grife, a marca, mas as pessoas e profissionais envolvidos no processo. O potencial da empresa, a capacidade de superar dificuldades e surpreender com produtos inovadores. E acompanhei muitos aspectos da produção e sempre fui muito respeitado em minhas opiniões, críticas e sugestões. Qual empresa está “escancaradamente aberta” a esse tipo de coisa?
A NIG é a empresa que mais investiu em tecnologia de produção – eles fabricam todos os produtos no Brasil. As outras empresas apenas embalam produtos feitos na Ásia, no México e diga se de passagem...nem embalam mais porque tudo já vem pronto. As outras que produzem encordoamentos, não oferecem tanta variedade de matéria prima, calibres, opções para outros instrumentos de cordas e ampla distribuição no território nacional e internacional. Quando eu comecei com a NIG, os encordoamentos eram apenas razoáveis, hoje em dia, não troco por nenhuma grife importada. Já tive ofertas interessantes de uma marca internacional e duas marcas nacionais. Recusei, sou NIG até o osso! Praticamente, comecei com eles e sigo em frente....sempre com eles.
http://www.nigstrings.com.br/intro_violao/intro.html
26/04/2011
03/04/2011
SWEET AND JOURNEY BRAZIL TOUR 2011
O Journey nunca esteve no Brasil e pelo menos de minha parte...a expectativa era enorme. Tentei vê-los uma vez no Japão, mas não rolou!!! Ingressos esgotados e até os cambistas foram embora mais cedo. Nunca imaginei que os veria no Brasil...e foi sorte saber disso com "baita" antecedência...mexendo uns " pauzinhos" e 2 convites de camarote nas mãos..difícil foi segurar a ansiedade! Lógico que Journey com Steve Perry nos vocais seria o ideal...mas ele não pode mais cantar como antes (nem pela idade, mas por estar com problemas na coluna...que afetam sua respiração...o que para um cantor é drástico)...E Steve já está fora da banda por muitos anos.
Sim, com essa onda de re-uniões de bandas...seria uma possibilidade. Mas não o caso deles.
Já o Journey com Steve Augeri nos vocais foi muito legal. Steve esteve recentemente no Brasil e fez um show memorável. É um cantor muito bom e substituiu Perry a altura! Jeff Scott Soto também...outro que merece um crédito enorme em ajudar o Journey a voltar ao circuito. Sua saída foi inclusive injusta e mal explicada...nas circunstâncias de época.
Bom...ai começa a saga do novo vocalista...Arnel Pineda. Pois é...filipino...ele foi cantor de algumas bandas no país dele, uma delas: The Zoo...tinha vários vídeos no You Tube...com músicas de Bon Jovi, Van Halen, Police, Boston, Led Zeppelin e lógico...Journey...uma típica banda cover das Filipinas com um cantor competente e muito bom! Neal Schon, o guitarrista do Journey viu esses vídeos e ficou impressionado com Arnel. Mandou um email para ele e Arnel foi para a gringolândia fazer o teste...e se tornou o novo "cinderelo" do rock! Uma história e tanto!...E Arnel tem um registro ou timbre vocal similar ao Steve Perry, mas essa similaridade impressiona...E somados a isso: agudo encorpado e técnica incrível.
Ou seja, além de ser o show do Journey...tinha a expectativa de ver Arnel " ao vivo" - o que 77% da galera que compareceu a Via Funchal, não deveria saber...Muita gente estranhou o fato de ver um frontman "japa" ou xing ling...entrar cantando Separate Ways! A outra expectativa era a banda de abertura: Sweet! A legendária banda glam inglesa dos anos 70´s! Pois é...mas esse Sweet que veio é a versão americana com o baixista original(Steve Priest)...porque existe a versão britânica com o guitarrista Andy Scott...
O show deles foi bem legal! Clássicos como Set me Free, Love is like Oxigen, Fox on the Run, Action e Little Willy.
Rápida arrumação do palco e enfim...o momento esperado: Journey!
Provavelmente será imbatível...o melhor show desse ano!
Neil Schon na guitarra, Jonathan Crain nos teclados, gaita e guitarra base, Ross Valory no baixo e Deen Castronovo na bateria...só feras!
E Arnel Pineda??? Sim, ele canta muito...foi fácil entender tudo. Arnel reinventou o Journey de novo. Podem falar que ele parece cantor de karaoke, que ele canta igual ao Perry, que ele é xing ling, que ele é japa gay, que eu sou parecido com ele (agora mais essa!)...mas ele canta demais. E não concordo que ele é imitação vocal do Perry. Ele tem mais força. Os agudos são mais encorpados. E o cara é um frontman de arena...não para um instante.
Se vocês notarem o set list...clássicos na maioria com músicas novas intercaladas. Sem comentários...um pouuutttaaa show!
Neil Schon é uma atração a parte. Esbanjou o costumeiro bom gosto com solos e fraseados melódicos e abusou do delay em profundidade.
Deen Castronovo cantou 2 músicas e poderia ser vocalista de qualquer banda, inclusive do próprio Journey!
Fazia tempo que eu não me empolgava em shows. De tanto trabalhar em concertos, a gente fica anestesiado a muitas coisas...mas este show...me trouxe de volta a vontade de tocar!
Se eles tocassem mais datas por aqui, iria com certeza. E fico na expectativa de mais em 2012, 2013, 2014...
JOURNEY BRAZIL TOUR 2011 - SET LIST
Separate Ways (Worlds Apart)Edge of the Moment
Only the Young
Ask the Lonely
Resonate
Stone in Love
Keep on Runnin'
(Deen Castronovo on vocals)
City of Hope (DEDICATED TO jAPAN)
Lights
Open Arms
Mother, Father
(Deen Castronovo on vocals)
Chain of Love
Escape
Wheel in the Sky
Human Feel (Rise Up)
Be Good to Yourself
Faithfully
Don't Stop Believin'
Encore:
Anyway You Want It
Lovin', Touchin', Squeezin'
Who's Crying Now
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