22/06/2011

Beehler & Hirax Brazil tour 2011 - primeiro dia


Mais um show internacional! Fui contratado pela SG Entertainment para fazer toda a técnica do evento. Desta feita, duas bandas clássicas de Thrash metal que influenciaram muitas outras bandas da era oitentista: Hirax e Beehler (baterista do Exciter).
Para este show, me acompanharam o Saulo, a Paula - ambos trabalham comigo na B&H escola de Luthieria e chamamos o Quércia, baterista da banda do Saulo, que já foi roadie de várias bandas, como Mamonas Assassinas.
Um dia antes do show, eu e Saulo fomos até o hotel para os ajustes e regulagens das guitarras e contrabaixos. Como nenhuma das bandas possui técnico e roadie fixo, esse foi o procedimento decisivo para facilitar as coisas, principalmente no dia do show. Afinal de contas, duas bandas num mesmo show é certeza de correrias, imprevistos e o relógio anda mais rápido!
No hotel, o primeiro a nos dar boas vindas foi o baixista Brian Stephenson (ex-Annihilator) e o guitarrista Sean Brophy. Logo depois, encontramos a banda toda no restaurante do hotel: Dan Beehler, o guitarrista Scott Walsh e o técnico de som.
Logo subimos para o quarto de Sean e começamos os ajustes nas guitarras: duas LTD ESP Flying V, uma Gibson LP Standard, uma Fender Toronado, um baixo Gibson Thunderbird e um baixo Vantage Artist. Checamos os cabos, pedaleiras e defini o layout de palco com a banda.
Sean Brophy e Brian Stephenson...pelo jeito gostaram do nosso trampo...

Na sequência, voltamos para o restaurante, onde o Hirax terminava uma entrevista para o programa Leitura Dinâmica (para a Rede TV).
Veja nesse link, a matéria completa.
E subimos para o quarto do guitarrista Lance Harrison e o baixista Steve Harrison. Já sou amigo de Lance no Facebook, o que facilitou as coisas. Mas ambos trouxeram todos os instrumentos regulados e apenas checamos os pedais, cabos e defini também o layout de palco deles.
Reunião com o Hirax para definir o layout do palco...foto tirada pela Anne (esposa do vocalista Katon)

Steve Harrison(baixista) , eu e Lance Harrison(guitarrista).

O outro guitarrista do Hirax, Tim Thomas quebrou o braço e não pode vir para a tour no Brasil. Decidi com Lance utilizar duas caixas separadas - uma do lado direito e outra do lado esquerdo da bateria...para criar uma "leve ilusão sonora" de duas guitarras no palco, utilizando apenas um cabeçote. Na verdade, é um truque " bem manjado", mas funcionou bem.
O primeiro dia foi tranquilo. Terminada as regulagens e ajustes, Fomos com os produtores Fernando, Rodrigo, Beehler & banda, dar uma bisbilhotada no Carioca Club. A galera gostou da casa e aproveitei para definir os últimos detalhes técnicos com todos. Voltamos para o hotel e na volta…pegamos o costumeiro trânsito caótico da cidade em horário de pico!

Hirax -Steve Harrison, Antonio Yacobellis, Katon, eu, Lance e Saulo
Beehler - entrevista para a Rede TV.
Hirax - entrevista para a Rede TV

Em breve, colocarei a postagem sobre os shows! Valew galera!!!

05/06/2011

Mini Guitarra do Tiaguinho


Uma noite, navegando pela internet e postando fotos no Facebook, recebi uma mensagem da minha amiga Miriam. Era sobre a possibilidade de fazer uma guitarra para um sobrinho dela. O detalhe é que o referido, o Tiaguinho... só tinha 2 anos e a idéia, seria presenteá-lo com uma mini guitarra no aniversário de 3 anos.
A princípio, declinei! Sugeri uma guitarra de brinquedo, até pelo fato de que 2 ou 3 anos, ainda é muito novo para empunhar um instrumento de verdade, mesmo que mini....MAS....eu tenho meus dez segundos de reflexão (sempre!!!) e disse para a Miriam: “ Eu vou pensar algo a respeito...acho que gostei da idéia”...e não é que o cérebro começou a conspirar a favor!
Pensa, pensa, pensa...e pensa...e as idéias começaram a surgir!
Bom, o Tiaguinho tem menos que 3 anos e não tinha como fazer uma guitarra para ele tocá-la de verdade! A idéia seria fazer um mini instrumento que pudesse ser aproveitado como um brinquedo – para ele apenas se divertir apertando botões que soassem músicas rápidas.
Mas pensei: “poderia ser uma mini guitarra normal com captador e parte elétrica, trastes, ponte e tarraxas – tudo real”. Assim, daqui alguns anos, quem sabe! Ele tocaria a guitarra de verdade?
Com essa concepção, comecei a definir as dimensões da guitarra. Optei pelo modelo stratocaster, por motivos óbvios! É referencial de design clássico (ideal pro Tiaguinho) com ergonomia confortável e visual bacana.
Eu tenho uma mini guitarra da Chandler e aproveitei para fazer algo similar, mas acabei modificando vários detalhes: dimensões do corpo, medidas do braço, medida de escala e tamanho do headstock.
E para uma criança de menos de 3 anos, é importante utilizar peças e partes que não machuquem. Ou seja, perdi algumas noites lendo muito a respeito de normas técnicas para confecção de brinquedos para crianças.
E minha saga pelas lojas de brinquedos foi intensa. Eu nem tinha idéia do tipo de brinquedo que poderia adaptar na guitarra. A princípio, imaginei algo com botões que emitissem sons engraçados com luzes. Mas e pra achar algo assim? No início, minha peregrinação pelas lojas foi infrutífera. Fui em muitas lojas: lojas especializadas, lojas de variedades, lojas de 1,99, shopping centers e por ironia do destino, achei algo interessante bem perto de casa...quando já estava quase pensando em mudar tudo...Achei um controle remoto que emite sons engraçados. O brinquedo tem botões e era do tamanho desejável – pequeno e colorido. Na hora que visualizei o artefato, tudo ficou resolvido na minha cabeça!
Comecei a mini guitarra com sobras de pedaços de madeiras da escola. As peças, trouxe do meu estoque particular. E logicamente instalei o meu captadopr HH777, produzido pela Malagoli. Mas optei pelo modelo do braço, o modelo Realbucker de cor amarela.
Aproveitei os intervalos de aulas para fazer a mini guitarra. Foi tão rápido que eu mesmo me surpreendi! A princípio, a idéia era embutir os botões do controle remoto diretamente na madeira do corpo. Mas depois pensei melhor e resolvi colocar os botões num escudo perolado.
Desta forma, seria mais seguro – uma vez que a parede de madeira ficaria muito fina e poderia quebrar facilmente. Já com um escudo de acrílico, em caso de qualquer problema, bastaria trocá-lo. A cor da guitarra, a minha amiga Miriam concordou que o azul (do trenzinho do Thomas) seria o ideal.
No vídeo com o slide das fotos, vocês poderão acompanhar o “passo-a-passo” da construção. Gravei outros dois vídeos. O primeiro vídeo, apenas com o som dos botões embutidos. E o outro vídeo – gravei comigo mesmo tocando com cordas de guitarra! Para que todos pudessem conferir que o instrumento funciona de verdade, como uma guitarra!
Na ocasião da entrega, tirei as cordas de guitarra e coloquei cordas de náilon, para o Tiaguinho não se machucar. A mãe da Miriam (a Maria) confeccionou um “bag” para a guitarra e eu preparei um kit básico: correia, cordas de reposição e pilhas reservas.
Tiaguinho e família vieram aqui na escola num sábado de manhã e acho que não só o Tiago, mas a galera toda curtiu!
\m/...\m/
Foi uma experiência bem legal, muitas vezes...a gente declina e abandona uma idéia, mas dez segundos de reflexão podem fazer a diferença quando decidimos encarar um desafio com criatividade e atitude. Só o fato de proporcionar ao Tiaguinho, uma inusitada lembrança do aniversário de 3 anos, já valeu a pena. E logo, logo, começo a fazer outra.....

olha o Tiago na festa de 3 anos...
eu, o pai (Norio), Tiaguinho, a mãe (Lina) e o avô(Shiguekyo).

a Tia (Miriam), a mãe (Lina), Tiaguinho, eu e o avô (Shiguekyo).

Apenas os sons do brinquedo

Os sons da mini guitarra com cordas e captador


Slide de fotos com a maioria dos processos de construção