22/09/2009
Expomusic 2009
EXPOMUSIC
23 e 24 de Setembro - Restrito aos profissionais do setor
25, 26 e 27 de Setembro - Aberto ao público em geral
Horário:das 13h às 21h Expo Center Norte Pavilhões Vermelho e Verde
Rua José Bernardo Pinto, 333 São Paulo - SP – Brasil
Dia 22 - Tagima Dream Team - Não estarei no evento.
Dia 23 - Expo - estarei circulando pelos stands
Dia 24 - Estarei na Escola de Luthieria - Offline na Expomusic.
dia 25 - Não sei ainda?????
Dia 26 - Stand Cover Guitarra
Dia 27 - Stand Cover Guitarra
21/09/2009
Okuribito 2009
Depois de um "finde" agitado, nada como relaxar na frente da LCD assistindo um bom filme. Apesar de gostar mais de clássicos, esse vale muito a pena. "A Partida" ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2009. E o japonês mereceu...
A história de Daigo Kobayashi, violoncelista que ao ficar sem orquestra (desativada) e sem emprego...volta para a cidade natal com a esposa para um novo recomeço. Daigo procura um novo emprego e encontra uma empresa que "lava" e prepara defuntos antes da cremação. O desenrolar da trama envolve a relação do protagonista com seu novo trabalho, sua mulher (que não sabe), o falecido pai, os parentes dos mortos, o chefe e outros...
Contrariando o padrão do cinema nipônico, a película nos mostra uma visão realista do post mortem com humor, sensibilidade, otimismo, emoção e um final surpreendente, " quase" feliz.
Vcs sabem né...filme japa só tem crueza, amargor, desencontros sinistros, pessimismo e finais tristes e surrealistas...
E olha que eu não fui um cara empolgado com filmes japoneses. Nem curtia Akira Kurosawa, nem Nagisa Oshima. Muito menos filme de samurai...achava enfadonho. Preferia assistir película de cowboy do Giuliano Gemma, tipo O Dólar Furado...
Aliás, um clássico "lado B" que na época, a gente não tinha o menor dissernimento para classificá-lo de tal forma.
Mas depois que morei e vivi quase uma década no Japão, aprendi a gostar das películas japônicas, tipo: Ran, Os 7 samurais, Derzu Uzala, O Impérios dos Sentidos, Kagemusha...e hoje, até filme de samurai segunda linha tá rolando...
O título em japonês é Okuribito.A tradução: "Departures" e "A Partida" são bem chinfrim, coisa de gente totalmente sem noção.
Bom de qquer forma, não deixe de ver "A Partida". Recomendo mesmo.
A história de Daigo Kobayashi, violoncelista que ao ficar sem orquestra (desativada) e sem emprego...volta para a cidade natal com a esposa para um novo recomeço. Daigo procura um novo emprego e encontra uma empresa que "lava" e prepara defuntos antes da cremação. O desenrolar da trama envolve a relação do protagonista com seu novo trabalho, sua mulher (que não sabe), o falecido pai, os parentes dos mortos, o chefe e outros...
Contrariando o padrão do cinema nipônico, a película nos mostra uma visão realista do post mortem com humor, sensibilidade, otimismo, emoção e um final surpreendente, " quase" feliz.
Vcs sabem né...filme japa só tem crueza, amargor, desencontros sinistros, pessimismo e finais tristes e surrealistas...
E olha que eu não fui um cara empolgado com filmes japoneses. Nem curtia Akira Kurosawa, nem Nagisa Oshima. Muito menos filme de samurai...achava enfadonho. Preferia assistir película de cowboy do Giuliano Gemma, tipo O Dólar Furado...
Aliás, um clássico "lado B" que na época, a gente não tinha o menor dissernimento para classificá-lo de tal forma.
Mas depois que morei e vivi quase uma década no Japão, aprendi a gostar das películas japônicas, tipo: Ran, Os 7 samurais, Derzu Uzala, O Impérios dos Sentidos, Kagemusha...e hoje, até filme de samurai segunda linha tá rolando...
O título em japonês é Okuribito.A tradução: "Departures" e "A Partida" são bem chinfrim, coisa de gente totalmente sem noção.
Bom de qquer forma, não deixe de ver "A Partida". Recomendo mesmo.
19/09/2009
Redlic Stratocaster
Essa é minha nova "velha guitarra". Ou seria velha "nova guitarra"?
Prometi contar a história dela...lá vai...
Ganhei do Seizi Tagima: o braço (semi fresado) de marfin costeiro e a prancha de cedro figurado para o corpo. Era uma peça antiga e bem bonita. Acho que foi em 2001 quando fui visitá-lo na antiga sede da Tagima, no Ipiranga.
As madeiras ficaram um tempo "encostadas" - eu dava aulas na escola, trabalhava em shows, dava cursos, era colunista na revista Guitar Player...não tinha tempo nem para respirar...
Mas comprei as ferragens e comecei o braço, terminando-o em 2 dias. O corpo demorei uma eternidade - só tinha tempo nos intervalos das aulas e nos finais de semana prolongados por feriados.
Mandei a guitarra para a pintura. Era para ser amarela, mas o Carlinhos (pintor nosso na época)esqueceu a cor e deixou apenas no verniz. Na verdade, como os veios da madeira do corpo estavam bem figurados e bonitos. Ele deletou a informação...fez um acabamento apenas em verniz poliuretano. Esqueceu a cor!
Ficou natural. E o Benedetti quando foi buscar a guitarra, nem notou pq tinha outros instrumentos também na mesma remessa. Quando chegou na escola, todos adoraram...menos eu...Isso mesmo, não gosto de instrumento natural, na madeira. E todos me convenceram que era melhor assim...
Capa Guitar Player Fevereiro de 2002
Montei a guitarra e ela foi utilizada na capa da revista Guitar Player, edição de fevereiro, referente a matéria: você conhece sua guitarra", de minha autoria.
Verde x Amarelo
Conhecemos outro pintor, o Antonio Carlos. Lá vai a guitarra p/ele pintar. Mudei do amarelo para o "surf green" a lá Fender Stratocaster Jeff Beck Signature. Nem lixei o corpo, apenas guardei o braço e mandei p/ ele. Três semanas depois, finalmente, o corpo "verde calcinha" chegou!.
Conhecemos outro pintor, o Antonio Carlos. Lá vai a guitarra p/ele pintar. Mudei do amarelo para o "surf green" a lá Fender Stratocaster Jeff Beck Signature. Nem lixei o corpo, apenas guardei o braço e mandei p/ ele. Três semanas depois, finalmente, o corpo "verde calcinha" chegou!.
Não tenho nenhuma foto dessa época. Na verdade, a pintura ficou ruim. O Antonio Carlos era novato em acabamento de guitarras. Nem montei o braço. Ficou assim durante quase 2 anos.
Mudamos de pintor. Conhecemos o Lauro (que está conosco até hoje). Mas a strato verde ficou em processo hibernativo. Um dia chuvoso, resolvi fazer uma arrumação aqui em casa e não é que a guitarra apareceu...
Mandei p/o Lauro. Agora sim. Eu quero amarelo, bem banana. O Lauro sugeriu o amarelo cadillac. Achei LEGAL e ficou do jeito que eu queria.
A guitarra voltou e dois dias depois, a pintura da parte traseira começou a descascar na região do encaixe do braço. E quando montei tudo...descobri que aderência do verniz não estava muito boa. Tudo bem, vou fazer uma versão relic nesta strato. Fiz algo bem sutil. Sem muitas firulas.
Utilizei técnicas similares a Fender Custom Shop, do masterbuilder Jay Black e do luthier Vince Cunetto.
Vince não trabalha mais na Fender Cst Shop. Ele montou sua própria empresa:
E a guitarra ficou assim (abaixo). Utilizei-a por curto tempo. Mas ela começou a descascar mais e mais...e... encostei a guitarra de novo. Nesse interím, fiz outras duas Stratocasters e duas Telecasters. Acabei esquecendo da referida.
Trying Chrome
Um dia, o Lauro me mostrou o catálogo da Cardinale:
Um dia, o Lauro me mostrou o catálogo da Cardinale:
Resolvemos testar uma tinta cromo. Rachamos o custo (alto... por sinal) e sugeri a guitarra amarela relic como cobaia. Não faço idéia de quanto tempo esperei pelo resultado. Mas a tinta cromo não ficou boa. Mandei-a novamente para acabamento final com camadas de verniz e quando retornou, não me animei muito. Tinha separado algumas peças para fazer uma customização especial, mas o cromado do corpo estava muito ruim...desisti...
Vermelho Metálico
Mandei para o Lauro de novo. Pedi p/ele fazer um acabamento com verniz e pigmento vermelho sob a tinta cromada. Desta forma, ficaria vermelha metálica no estilo antigo.
Hoje em dia é fácil encontrar cores metálicas prontas. Coisa que em mil novecentos e trá lá lá...só era possível simular uma cor metálica com uma técnica especial. Aplicava se uma cor prata ou ouro como fundo e depois, camadas de verniz com o pigmento da cor desejada. Assim era criado o efeito metálico nas cores.
Mais "chá de cadeira" e finalmente a guitarra chegou. Porém, a aplicação do verniz com o pigmento vermelho produziu uma reação com o fundo (tinta cromada). O acabamento craquelou produzindo "varizes" na pintura. Ficou deveras interessante...
Só me restou aceitar o problema e tentar novamente o processo de envelhecimento. Ou teríamos que lixar tudo, até a madeira.
Tudo bem, sou descendente de oriental...mas paciência também tem prazo de validade.
The Art of Aging
Reliquei inicialmente o corpo utilizando thinner, flúido para isqueiro Zippo com nafta, betume e utilizei uma raspilha para "descamar" o verniz. As feridas foram produzidas com uma chave de fenda. O thinner deixa o acabamento fosco e enfraquece o verniz. O flúido Zippo modifica a coloração do verniz e ajuda no processo de penetração do betume.
Para produzir riscos na pintura, passei uma escova de aço no corpo. Misturei Zippo com betume e a aplicação do composto sob os riscos, deixou a guitarra com cara de maltratada.
O escudo foi concebido com uma placa de acrílico preta figurada. Envelheci o escudo com lixas e danifiquei as extremidades com uma micro retífica. Inseri parafusos velhos e oxidados no instrumento.
Decidi por apenas um captador Sound HH777 amarelo e um botão de volume e um acionador push para splitar o humbucker.
As ferragens foram envelhecidas com uma micro retífica e enxarquei tudo com um produto líquido que ataca a cromeação. Mas isso ainda vai levar tempo para ficar do jeito que quero.
Poutzzz, a camada de verniz ameaça soltar cada vez mais. Motivo pela qual tive que colar um adesivo acima do escudo.
Poutzzz, a camada de verniz ameaça soltar cada vez mais. Motivo pela qual tive que colar um adesivo acima do escudo.
Mas eu não pretendo mais mexer nesta guitarra. Vai ficar assim definitivamente...
Na escala, utilizei thinner, raspilha, betume, bom bril e um maçarico portátil.
Fiz uma mistura de um diluente da acrilex com iódo povidona, para produzir encardidos no topo do fingerboard.
No headstock, o maçarico fez a simulação do cigarro a lá Van Halen ou Eric Clapton...
As tarraxas deixei intactas. Mas vai uma sugestão:
Ahhhh, sobre o timbre dela né...muito boa.! Apesar do captador solitário e da aparência podre. Ela fala bem. Qualquer hora ou qualquer dia, vocês poderão vê-la ou testá-la na escola...
fotos: Henry Ho
The Wind Cries Jimi Hendrix
After all the jacks are in their boxes
And the clowns have all gone to bed
You can hear happiness staggering on down the street
Footsteps dressed in red
And the wind whispers Mary
A broom is drearily sweeping
A broom is drearily sweeping
Up the broken pieces of yesterday's life
Somewhere a queen is weeping
Somewhere a king has no wifeAnd the wind cries Mary
The traffic lights turn blue tomorrow
The traffic lights turn blue tomorrow
And shine the emptyness down on my bed
The tiny island sags downstream
Cause the life that lived is dead
And the wind screams Mary
Will the wind ever remember
Will the wind ever remember
The names it has blown in the past
With its crutch, its old age, and its wisdom
It whispers no, this will be the last
And the wind cries Mary
18/09/2009
chá de sumiço
Eu sei, eu sei, eu sei...tomei mesmo o tal do chá ...
Desapareci da "Blog-o-landia" pq tava numa correria desenfreada. Essa coisa de ter vários empregos só reforça a tese de que quem trabalha muito, não tem tempo para ganhar dinheiro.
Enquanto tem gente batendo no guard rail, eu acelerei demais depois de um Pit Stop bem recente...
Buenas, em breve posto fotos de minha velha guitarra que ficou nova, mas que deixei envelhecida. O pior é que terei que contar toda a saga dela, senão poucos entenderão...
Semana próxima, o mercado musical (pelo menos, a fatia gorda representativa) se aglomera na Expomusic. Estarei lá circulando na quarta (dia 23) e sexta (dia 25) e tentando circular nos dias 26 e 27 (finde).
Semana próxima também rola o evento Tagima Dream Team. Este ano escolhi 4 alunos da escola a pedido da Tagima - para trabalharem no suporte do evento e no stand deles na Expomusic. Não fui convidado para o evento Tagima Dream Team, porém ontem fui desconvidado? Como posso ser des-convidado se não fui convidado? Mas isso existe. É uma técnica bem interessante.
Em breve, uma notícia ainda não bem resolvida que só estou esperando a confirmação. Tem a ver com o mercado editorial, mas como o cenário anda tão caótico...decidi esperar um pouco mais para falar.
De resto, o meu sumiço tem a ver com o excesso de tempo. Excesso? Isso mesmo...excesso de tempo dispendido para atender interesses de terceiros.
A matemática é cruel: restou a falta de tempo dispendido para comigo mesmo...
Tenho a impressão que as minhas 24 horas diárias são mais curtas que as 24 horas diárias de qualquer outra pessoa.
Até breve galera!
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