16/02/2012

NO BOM!

Nasci aqui no Brasil, meu pai era inglês nascido na Indonésia e minha mãe é japonesa. Meu pai morou em diversos países e falava vários idiomas, mas se naturalizou brasileiro por amar este país. Minha mãe também adotou o Brasil, abrindo mão de viver no Japão – para se tornar brasileira de alma e coração. Eu já morei muitos anos fora do Brasil, mais precisamente na terra do sol nascente. Aprendi a falar o idioma, me moldei aos costumes, tradições e conquistei o respeito pessoal e profissional dos nipônicos – porque sempre os respeitei com muita intensidade. A história de minha família é similar a história de muitos imigrantes e descendentes que aqui vivem e honram este país. Mas não é o caso de uma minoria de recentes imigrantes, que optaram em viver aqui e trabalham com comércio.
Eles simplesmente:
Não falam nossa língua (nem acham que precisam).
Não sabem o que é respeito (sobretudo com possíveis clientes prestes a gastar dinheiro).
Não sabem que pedir desconto não é uma ofensa grave.
Não sabem sorrir. Acham que o semblante sizudo e irônico vendem mais.
Não sabem que “olhar” antes de comprar faz parte do negócio.
Não sabem que “não comprar” faz parte do negócio.
Não sabem que estão no Brasil (pelo menos, o nariz empinado deles ainda não sabe disso).
Acham que ainda estão no país deles.
Acham que podem viver como no país deles, no país dos outros.
Acham que podem falar com qualquer pessoa com feições orientais no idioma deles.
Acham que estão “fazendo um ENORME favor” em nos atender maleducadamente.
Acham que oriental cabeludo, ou é da polícia ou é de alguma facção mafiosa inimiga.
Acham que todos aqui são trouxas. E eles que são os sabichões e donos da verdade.
Acham que a facção deles serve para alguma coisa aqui....
Tenho muitos amigos que trabalham com comércio e são descendentes de orientais. São gente de bem, verdadeiros profissionais e seres humanos de alto escalão – que nada tem a ver com esses imbecis. E acabam denigrindo quem não merece. E olha que eu não fiz nada...absolutamente nada. Saí da consulta da minha médica e entrei num shopping (desses com vários stands). 
Estava em frente a uma loja de eletrônicos. E apenas " bisolhando" a distância, quando o TAL BACACA começou a gesticular e esbravejar... e cuspiu no chão perto de mim. Tudo sem mais nem menos...numa língua que não entendo. O segurança me tirou do local. Ele disse: ou confundiu você com polícia federal, porque muitos vêm aqui e são cabeludos. Ou tá achando que você é de outra turma, outra facção!
Lógico que xinguei o trolha da loja utilizando a linguagem universal do dedo em riste....
E como se não bastasse...num outro stand, a dona da loja não me respondeu o que perguntei: Esse celular tem Wi Fi? A resposta dela: aqui tudlo bom, tem galantia e tludo bom. "Eu insisti": Esse celular tem Wi-Fi?
Novamente, ela respondeu: tludo bom, Wi-Fi tludo bom, galantia bom...só a vistla.
Pedi para dar uma olhada no celular...e ela finalizou: si complar eu mostla, si não compla NO BOM!

2 comentários:

Rogério disse...

Rapaz...que coisa isso hein!!
Chatíssimo esse fato, mas acho que deveria dizer onde fica essa galeria..assim passarei longe se um dia estiver por perto.
Mas mesmo se vc fosse da Federal o dito cujo não poderia te tratar assim, e a outra nem sabe o que é Wi-Fi, mas ficou claro que ela quis dizer, ou compra essa merda ou puxa o carro daqui.
Ahh meu..cada uma!!

Cry Of Voodoo disse...

Essa galeria fica na Av. Paulista, no início...perto da brigadeiro Luiz Antonio...se puder evite ir lá...